Chavão: marcador de pão e de histórias
Chavões são peças de madeira, utilizadas para chavar (gravar, carimbar) os bolos de véspera para as Festas do Espírito Santo, na ilha de São Jorge.
Cada chavão tem uma história. A que contamos aqui, começa nas mãos daqueles que ao longo de séculos trabalharam esta arte, e prossegue nos que deram uso a estes objetos e os guardam até hoje, como testemunhos de um tempo.
Com esta exposição, não procuramos eternizar objetos, símbolos ou marcas de uma cultura, como se de um saudosismo anunciado se tratasse. Pretendemos sim, conhecer a memória que guardam, valorizar o saber da técnica e dos materiais por quem persistentemente os trabalha. É, sobretudo, esta memória coletiva, da qual são repositórios os chavões, que pretendemos ativar, aproveitar e transformar num tempo presente.
Acreditamos que esta exposição não termina aqui. Que no contato com estes objetos, saímos com um olhar mais curioso para o território e para os elementos nele presentes, e que dessa atenção poderá resultar uma aproximação ao património que nos rodeia.