Acordes da Mudança: música e revolução em abril
Num país repressivo - Portugal dos anos 30 - imperava o enaltecer da tradição, da terra e do "ser português", ofuscando a fome, a pobreza e o descontentamento social. O Estado Novo e o a sua Política de Espírito controlavam as liberdades sociais e individuais dos portugueses, sujeitando toda a Cultura, e não só, ao “Lápis Azul” e à censura.
Neste meio desenvolveram-se novas expressões artísticas às escuras, nomeadamente musicais, a música de protesto. Num poema cantado e despido de inovação estilística musical, acompanhado apenas por uma viola, os compositores e intérpretes mostravam o seu descontentamento devidamente disfarçado, fugindo à repressão.
A exposição “Acordes da Mudança: música e resistência em abril” procura homenagear estes guerreiros musicais e demonstrar os tempos difíceis que viveram, marcados por diversas perseguições. A música de protesto foi uma arma de resistência na pré-revolução e de ataque na pós-revolução. A sua utilização e evolução foi marcada por diversos momentos, contudo a música de protesto ainda hoje é uma das heroínas da Revolução de 25 de abril de 1974.